Pouco mais de um mês após duas fugas registradas em presídios do estado,
o promotor da Vara de Execuções Penais de Pernambuco, Marcellus Ugiette,
entregará ao governo do estado, na segunda-feira (29/02), um diagnóstico da
situação dos presídios e cadeias públicas pernambucanas. O documento aponta
sugestões para amenizar um drama que se arrasta há décadas.
No dia 23 de janeiro, um preso colocou um artefato junto ao muro do
Complexo Penitenciário do Curado, na Zona Oeste do Recife, que derrubou parte
da estrutura da superlotada unidade de segurança máxima. Começava ali uma das
fugas mais espetaculares de detentos registradas nos últimos anos. E se
aprofundava uma grave crise, iniciada três dias antes, com outra evasão em
massa de presos, na Penitenciária Barreto Campelo, em Itamaracá, na Região
Metropolitana.
Após as duas ocorrências, medidas pontuais passaram a ser adotadas.
Entretanto, há consenso entre as autoridades: é preciso discutir e colocar em
prática uma grande mudança estrutural em todo o sistema.
As fugas em massa no Complexo do Curado e na Barreto Campelo colocaram o
dedo em uma ferida profunda, que, de vez em quando, passa por momentos de
calmaria. Com a explosão, houve duas mortes e 40 apenados escaparam, pelo menos
nas contas oficiais, e todos teriam sido recapturados. Em Itamaracá, foram
registradas 53 fugas. E só 15 deles voltaram para trás das grades.
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